domingo, 21 de agosto de 2022

Pacote Definitivo para solucionar as brigas na Arena

 

No jogo de hoje contra o Cruzeiro, novamente vimos cenas lamentáveis de briga no setor da Arquibancada Norte da Arena. Ao que consta, dessa vez teria ocorrido uma briga entre integrantes da Torcida Garra Tricolor versus os da Torcida Rasta Tricolor. A confusão teria sido ocasionada por uma disputa do local de colocação de uma faixa dessas torcidas. 

Esse é o "motivo suficiente" que esses bandidos encontram para partir para agressão, já sabendo que possivelmente representará perda de mando de campos ao Grêmio, nos trazendo imenso prejuízo financeiro e esportivo. Na melhor das hipóteses, será interditado apenas o Setor Norte da Arena, igualmente trazendo prejuízo financeiro, esportivo e prejudicando a imensa maioria da torcida que ali frequenta, não faz confusão e que só tem grana para pagar ingresso naquele local, que é o mais barato no estádio. 

Afinal, como sabemos, quando a confusão é na Arena, jamais escapamos de duras punições, mesmo identificando os delinquentes. Não temos a mesma "sorte" do Internacional, que não é punido nem quando a torcida joga pedra em ônibus e atinge jogador, ou quando joga celular na boca de atleta adversário levando à necessidade de substituição. 

E tem gente que diz que a solução para o fim da brigas é acabar com aquele setor, colocando cadeiras.

Francamente, esse não é o caminho.

Não são cadeiras que brigam entre si, tampouco o concreto da arquibancada. São pessoas. E essas pessoas vão continuar brigando, independente do lugar. E a prova disso é que já tivemos brigas no 4º anel, e também atrás da outra goleira, quando as torcidas organizadas lá ficaram temporariamente na época em que a Arquibancada Norte estava interditada em razão das adaptações que estavam sendo feitas depois de parte da guarda de proteção ter se partido na inauguração do estádio. 

Então, se eu fosse dirigente do Grêmio, criaria um pacote "Torcedor Legal", com as seguintes medidas para acabar com as brigas:

1º - Acesso com biometria em todos os setores da Arena: Muitos torcedores iriam reclamar, especialmente em função de emprestarem cartão de sócio a terceiros. Mas, lembremos, isso não é permitido! Isso é um jeitinho de burlar o clube.

2º - Banimento das demais torcidas organizadas: Permaneceria apenas a Geral do Grêmio. Isso porque aquele setor não comporta ter 4 ou 5 torcidas no mesmo lugar (Geral, Garra, Jovem, Rasta, Raça e etc). Por mais história que torcidas como a Raça, Garra e Jovem tenham, fato é que hoje são compostas por um número baixíssimo de torcedores, não são mais representativas. 

3º - Banimento vitalício dos torcedores identificados em brigas: Essa medida vem dando muito certo em outras praças. Brigou? Exclui do Quadro Social e nunca mais entra na Arena. Medida iria ao encontro da exigência da biometria.  Os brigões pensariam duas ou três vezes antes de fazerem confusão se soubessem que nunca mais poderiam ir ao estádio. 

4º - Redução de 30% do valor dos ingressos na Arquibancada Norte: Como as três medidas acima trariam grande oposição da torcida que ali frequenta, e há a questão política envolvida, afinal, ali concentram-se milhares de sócios votantes e, portanto, não vejo diretores do Grêmio com coragem de "comprar essa boa briga", creio que a medida de redução dos valores iria ajudar a reduzir a resistência, na medida em que seria um prêmio aos bons torcedores.

Enfim, ou o Grêmio cria coragem e resolve, ou acostuma-se a conviver com punições.

Dos tribunais desportivos é que não virão as soluções, até porque só o que sabem fazer é punir - e de forma sempre desigual aos clubes - e essas punições, como já sabemos, não funcionam. Punem o clube, não punem o torcedor. E logo depois as brigas retornam. É um sistema de punição falido.


Primo TB

sábado, 25 de junho de 2022

segunda-feira, 13 de junho de 2022

A Lógica do Futebol


No futebol, como em qualquer outro esporte, impera a lógica. O clube melhor administrado e/ou com melhor situação financeira, no médio e longo prazo, tende a ganhar mais títulos. Se considerar um período de 10 a 15 anos, com certeza haverá temporadas ruins, mas se o clube tiver poderio financeiro, vencerá competições na maior parte delas.

De outro lado, clubes que são mal administrados ou que, ainda que bem administrados, não tenham poderio financeiro, tendem a alternar altos e baixos, campanhas de "meio de tabela", e, em um período de 10 a 15 anos, beliscar um ou dois títulos no máximo.

No primeiro grupo encontram-se os paulistas e o carioca Flamengo. Ainda que eventualmente suas gestões não sejam as melhores, ou mais honestas do mundo, o poderio financeiro é tão grande que sempre estão ganhando Copas do Brasil, Brasileiros e outros.

E, no segundo grupo, encontram-se os clubes como os do Sul, de poderio financeiro menor e que, portanto, só resta serem muito bem administrados para ganhar algum título aqui e acolá. 

Não à toa, que Inter tem apenas 1 título relevante e o Grêmio 2 nesses últimos 15 anos, sendo que ambos ainda tem 1 rebaixamento no mesmo período. 

Flamengo tem 3 Brasileiros (2009, 2019 e 2020), 1 Copa do Brasil (2013) e 1 Libertadores (2019). Palmeiras tem 2 Libertadores (2020, 2021), 2 Brasileiros (2016 e 2018) e 3 Copas do Brasil (2012, 2015 e 2020). Corinthians tem 1 Mundial (2012), 1 Libertadores (2012), 3 Brasileiros (2011, 2015 e 2017) e 1 Copa do Brasil (2009). São Paulo tem 2 Brasileiros (2007 e 2008).

É a lógica. De médio e longo prazo.
A realidade é essa, e teremos que nos contentar com cerca de 2 títulos a cada 10 ou 15 anos.

NO CURTO PRAZO, A LÓGICA MUDA

Entretanto, quando analisamos alguma temporada específica, um clube sempre poderá surpreender aos demais. É a exceção que confirma a regra. E essa é uma das belezas do futebol, que o diferencia de outros esportes. Porque na maioria deles, geralmente o clube ou atleta melhor ranqueado será o vencedor, sendo raríssimo ocorrer uma "zebra". Bem diferente do futebol, onde zebras ocorrem em todas as rodadas.

Vamos ao Grêmio: Disparadamente o clube com elenco mais caro da Série B, de enorme torcida e com salários pagos em dia. 
Qual era a expectativa? Estarmos na liderança da competição e com jogadores demonstrando forte empenho e entrega, para apagar o desastre do ano passado.
Qual é a realidade? De título já nem se fala, afinal, 3 clubes dispararam. O "sonho" do torcedor gremista hoje é vencer um confronto que ganhou contornos de "batalha épica" para somente então ficarmos no arriscado 4º lugar a apenas 2 pontos do 5º colocado. E, animicamente, um time totalmente sem entrega, descomprometido, sem tesão, que somente na décima rodada, segundo seu sofrível vice de futebol Dênis Abraão, foi "estrear" na Série B, referindo-se à raça demonstrada. E olha que estão com salários em dia.

Vamos olhar para o Inter agora: Três meses de salários atrasados e contrataram um treinador vindo de 3 anos de fracassos retumbantes, tido como um clássico retranqueiro. 
Qual era a expectativa? Ocupar posições de meio para baixo da tabela (nunca acreditei que fossem brigar para não cair, como achavam meus amigos colorados).
Qual é a realidade? Elenco com salário atrasado e que fez greve em um treinamento, entra mordendo em todos os jogos, demonstrando grande entrega dos atletas, e estão fazendo ótima campanha, com invencibilidade de mais de dez jogos. 

CADÊ A LÓGICA DISSO?

Claro, há outros fatores envolvidos: sorte, azar, contratações (as deles foram boas) e arbitragem, que abordarei em outra postagem.

JOGO DE VIDA OU MORTE


O Sport venceu 8 dos últimos 12 jogos contra o tricolor. Jogará em casa, com estádio cheio, podendo abrir 4 pontos no G4. Para eles também será uma "batalha". 

Qual a lógica que dará hoje?


PRIMO TB



domingo, 29 de maio de 2022

Romildo quase causa saudades do Flávio Obino, demitam Roger e Dênis - Vila Nova 0 x 0 Grêmio



Não me agrada ser o cara do "eu avisei!". Mas antes de iniciar esse post, devo dizer:
Eu não queria Roger no Grêmio e escrevi sobre isso quando de sua contratação, aqui:

E quando começou-se a especular sobre a contratação do veterano lateral Edilson, eu fui duramente contrário e frisei sobre a questão física. Disse que ele nos deixaria na mão, aqui:

Dito e feito, ele jogou apenas poucos minutos contra a Chapecoense na 2ª rodada e sentiu lesão. Nunca mais jogou, e já estamos entrando na décima rodada. E, o pior, improvisando um volante limitado (Sarará) no seu lugar. 

Já no post pré-jogo contra os goianos, dissertei sobre o fato de esse esquema de programar o sistema ofensivo para jogar em função de um único jogador - um centroavante sem movimentação -  simplesmente não dará certo. É o óbvio. É o esquema que por um lado consagra o atleta (e cria fãs ardorosos), mas por outro lado, o mais importante, deixa o ataque refém de boas jornadas desse único jogador e resulta invariavelmente em um baixo número de gols marcados da equipe.

E isso eu disse aqui:

E, bem, jogadas 9 partidas, nosso ataque ficou no "zero gols" em mais da metade delas: 5 jogos. E o nosso "centroavante" só fez gol em duas delas. 

Tudo isso que disse acima é a introdução, pois temos que abordar o que mudar para melhorar. Afinal, tudo, absolutamente tudo, parece errado no CLUBE. 

Dos poucos que se salvam até o momento: o goleiro Brenno. 
Que, por sinal, fiz um post no início de março defendendo que virasse titular logo, haja vista que quando da contratação do Roger chegou a se ventilar do clube ir atrás de um goleiro "mais experiente". Banquei aqui que bastava dar sequência ao arqueiro e que ele mostraria seu valor.

Humildemente falando, creio que acertei em todas essas acima (não que fossem difíceis).

Bem, agora vamos ao que penso sobre o Grêmio:

1) Sendo direto: Roger não deu certo e precisa ser demitido. Ele está tendo tempo para trabalhar. Foram 11 dias antes do jogo contra o Vila Nova. E ele já havia tido tempo nos jogos anteriores. Ele tem mudado o esquema e as peças, mas o time simplesmente não evolui. E animicamente está muito mal. 
Só tem uma coisa que ele não tentou: montar um esquema de jogo sem centroavante "fixo". Mas isso ele não fará. Só se o Diego Souza tiver lesão.

Mas, como somos "sortudos", o DS não tem lesão.
Mas o Kannemann é quem tem caganeira (até lembrei do Marcinho em 2005).

2) Apenas demitir o Roger não vai resolver, temos que demitir também o diretor Dênis Abraão. Até porque trocar apenas treinador já é o que estamos fazendo.

3) E temos que contratar - e isso somente após termos novo treinador e novo diretor, pois eles é quem devem fazer as escolhas - uns 3 ou 4 jogadores.

Se não fizermos as ações 1 + 2 + 3, não iremos subir.

Qual treinador eu contrataria? Não sei. Até o Lisca me parece uma opção razoável para o contexto. Ou um treinador estrangeiro que não se preocupe em botar boleiro cascudo no banco.

Qual homem para o futebol eu tentaria? Alguém estilo Rui Costa e Pelaipe.  

Em realidade, eu gostaria mesmo é de mudar o presidente, mas infelizmente essa opção não é possível. Por sinal, para mim - e isso eu digo desde 2019/2020, e não apenas agora em que é fácil criticar - que o Romildo foi um sortudo enganador. Que teve a sorte de contar com uma boa safra de jogadores vindos da base. Mas que ele, em si, não entende nada de futebol e é passivo demais para tomar decisões. 

É o principal responsável pelo abismo administrativo e esportivo em que estamos. É o responsável por deixar pessoas incompetentes em áreas importantes do clube, mais preocupado em que está em fazer composições políticas internas (dos grupos políticos do Grêmio) e externas (partidárias). 

Roger não pôde contar até agora com Edilson, Kannemann e Ferreira, esse último fruto de mais uma trapalhada do Departamento Médico, que por sua vez é liderado por um político do PDT, mesmo partido do Romildo.

No campo do marketing, temos o diretor Beto Carvalho. Criticado por 11 entre 10 gremistas, mas inexplicavelmente mantido no cargo, não por critérios técnicos. 

E se "fora de campo" as coisas vão mal, é óbvio que refletirá dentro de campo. E isso vemos por exemplo nas constantes trocas de treinador com características muito distintas entre si: tivemos o boleirão (Renato), o prancheta tática (Tiago Nunes), o paizão (Scolari) e por aí vai.  E também com a montagem de um elenco muito fraco tecnicamente (e que ainda assim, teria condições de estar nas primeiras posições da tabela, pois os adversários também são igualmente fracos). 

Eu acho que o Grêmio fará as mudanças que defendo acima?
Infelizmente, com Romildo, não. 
Infelizmente, vamos perder mais tempo insistindo com o que não dá certo. 
Porque Romildo não tem coragem suficiente. Ele só trocará quando ficar "mais insustentável", digamos assim.

Deveriam mudar AGORA, hoje. 
Mas não farão.
Vão esperar o próximo jogo contra o Vasco, que tudo indica será uma derrota contra o vice-líder que jogará com estádio lotado e ingressos baratos.  
E, talvez, apenas depois de mais esse fracasso é que resolvam mudar.

Mas, sinceramente, com esse pior presidente da história, nem assim eu seria capaz de apostar em mudanças. Enfim, tempos sombrios. 

Não com o presidente que tem reais condições de nos fazer, pela 1ª vez em nossa gloriosa história de 117 anos de existência, permanecer dois anos consecutivos na Segundona. E, por fim, cabe fazer uma correção histórica: Flávio Obino não foi o pior presidente da história do Grêmio.

De fato, foi um dos piores. Mas ele pegou o clube em frangalhos financeiros após a falência da ISL.
Romildo não. Romildo conseguiu nos colocar no abismo com dinheiro em caixa. Correu com a Red Bull e chegou em último. 

sábado, 21 de maio de 2022

Centroavantes que fazem mal ao Grêmio

Há algo nas temporadas 2021 e 2022 que já vimos em outros tempos, como por exemplo em 2013 e 2014, que é o seguinte: O sistema ofensivo do tricolor todo montado e dedicado a abastecer um único jogador, um típico centroavante que joga mais parado, fixo, sem muita mobilidade. 

Esse é um esquema ultrapassadíssimo, cuja última vez que deu certo no Grêmio foi em 1995, há 27 anos atrás. De lá para cá, o futebol mudou muito, ficou mais rápido, mais dinâmico. E hoje em dia os grandes times não jogam mais com essa característica, optando por duplas ou trios de atacantes com mobilidade e velocidade. Que dificultam a marcação pelo sistema defensivo adversário. 

Então, times bem sucedidos não praticam mais o futebol estilo "jogar a bola para o Fred". Aliás, diga-se de passagem, esse foi um legado que a seleção brasileira que levou os 7 x 1 contra a Alemanha deveria ter nos deixado. 

E exemplos recentes de times bem sucedidos sem esse esquema temos aos montes:
2021 foi o ano do Atlético MG e do Palmeiras: No galo, Hulk não é um jogador que joga parado, e na equipe mineira vários atletas fazem gols. No verdão, a mesma coisa, eles até possuem centroavante no elenco, mas o ataque é baseado em jogadores de velocidade, como Dudu e Rony.

2019 foi o ano do Flamengo. No rubro-negro, o sistema ofensivo era formado por Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Everton Ribeiro. Nenhum deles era centroavante "tradicional".

E não precisamos pegar apenas exemplos de times de outros Estados. Até porque, vimos exatamente isso nos últimos títulos do Grêmio em 2016 e 2017:
Em 2016, não tínhamos centroavante, nosso ataque titular era Luan e Pedro Rocha, tendo diversos outros jogadores que também faziam gols.
Em 2017, tivemos o Lucas Barrios, que até era um centroavante, mas se movimentava um pouco mais do que esses "tradicionais". E, diga-se de passagem, em que pese o título da Libertadores, não podemos esquecer que o paraguaio teve um segundo semestre com atuações muito abaixo, e acabou indo embora sem deixar saudades. 

Mesmo com tantos exemplos, o Grêmio parece fadado a repetir seus erros e insistir em fórmulas que simplesmente não funcionam. E irrita-me que, ainda, com apoio de parte da imprensa esportiva e de torcedores mais ingênuos. 

Bem, agora vamos ao assunto do post: DIEGO SOUZA

Mas, antes dele, vamos falar de outro centroavante que ficou aqui por alguns anos e teve muito cartaz: BARCOS, o argentino pirata. 

O cenário ofensivo era exatamente o mesmo:
a) Tínhamos um "grande centroavante matador que fazia vários gols", e
b) paradoxalmente, tínhamos um dos "piores ataques do campeonato em números de gols".

Duvidam? Provo.
De um lado, o centroavante se consagrava individualmente:

Foto 01 - Marca

Foto 02 - Gols

De outro lado, tínhamos um ataque com desempenho horroroso, que em ambos campeonatos, se fosse um pouco melhor, poderia ter nos levado a posições melhores.

Em 2014, vide acima, tivemos o pior ataque entre os 10 primeiros classificados. Até o rebaixado Vitória fez mais gols naquele ano.

E em 2013, vide abaixo, também nosso ataque ficou bem abaixo dos demais concorrentes ao título.


Não lhes parecem estranho isso? Para mim, parece lógico.
Todo time que arma seu esquema para servir a um atleta, acaba consagrando esse jogador, porque ele fatalmente fará seus gols, ainda que coletivamente esse sistema simplesmente não funcione, não seja efetivo, não signifique que teremos ao clube um grande número de gols marcados.

Bem, AGORA VAMOS AOS TEMPOS ATUAIS.

Vejamos se não temos rigorosamente o mesmo cenário. O artilheiro? é nosso!


Mas dos oito jogos disputados, não fizemos um mísero gol em metade deles. 
Ponte Preta 0 x 0 Grêmio
Grêmio 0 x 1 Chapecoense
Cruzeiro 1 x 0 Grêmio
Grêmio 0 x 0 Criciúma

Então, sendo curto e grosso, quer dizer que o blogueiro é a favor da saída do Diego Souza do time, justamente o único jogador que tem feito nossos gols?

Sim, exatamente isso! Temos que cortar de uma vez esse cordão umbilical de dependência dos gols do atleta de quase 37 anos e acima do peso. Mudar esse esquema ofensivo que nos torna um time absolutamente previsível e lento, que nos deixa aguardando por alguns gols que Diego conseguirá fazer em alguns jogos. Quero ter um "sistema ofensivo artilheiro" e não "um artilheiro".

Primo TB


sexta-feira, 20 de maio de 2022

Grêmio está perdido

 

Após mais um resultado frustrante para a torcida gremista nesta noite de quinta-feira, o empate em 0x0 com o Criciúma, na Arena, começamos a perceber sinais que evidenciam o quanto o clube Grêmio está perdido em seus processos e convicções.

Não bastasse apenas o resultado medíocre, inaceitável, o que tem assustado os torcedores gremistas é enxergar cada vez menos futebol nesse time. Entra jogador, sai jogador, troca esquema, volta o esquema, joga com pontas abertos, joga com 2 atacantes, bota um meia centralizado, tira o meia centralizado...e a coisa continua exatamente igual. Realmente assusta...não se enxerga uma luz no fim do túnel, um grande destaque para a torcida depositar suas esperanças.

A linha de defesa felizmente não tem comprometido...Brenno e os zagueiros tem feito todo o possível para evitar que o Grêmio vaze, embora isso ocorra em alguns jogos...mas quando começamos a falar em meio de campo ou ataque, o gremista chega a ter úlceras!!!

Esse último jogo deixou evidente a fragilidade cognitiva, a falta de método pra atacar e uma inteligência emocional abaixo da crítica. Jogo com cara de derrota por 1 a 0 com gol achado no fim pelo adversário. Já vimos diversas vezes esse filme...nos últimos 3 ou 4 anos, já vimos mais de uma dúzia de vezes.

Roger escalou o Grêmio num 4-4-2 quase inglês...disse "quase" porque o 4-4-2 inglês geralmente conta com atacantes rápidos na frente, meias criativos e laterais com ultrapassagens. Inicialmente tive esperanças, mais pautado na necessidade do resultado do que em uma análise. Pois bem, em 20 minutos ficou claro que não ia rolar em Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP). O Grêmio só tinha desafogo com Biel pelo lado direito, mas a seu lado estava Rodrigues, um zagueiro improvisado que não tem o cacoete de um lateral que ultrapassa para receber a bola na linha de fundo. Do outro lado, Bitello centralizava e Nicolas ia até a intermediária pra cruzar...198 cruzamentos e a defesa tirou todos...ÓBVIO...cruzamentos da intermediária pegam a defesa de frente e o atacante quase de costas...não dá certo nunca. Diego Souza e Elkeson, ambos com a mobilidade de um bicho preguiça, não faziam o jogo andar pelo centro. 

No segundo tempo, Roger entregou os sinais do seu desespero com um grupo tão fraco. Colocou Campaz pra articular, Elias pra movimentar e Gabriel Silva mais centralizado pra encostar no atacante. Até aí normal, é a posição deles, deveriam executar os movimentos pra fazer o jogo fluir. Mas o que se viu foi um show de tomadas erradas de decisão, falta de velocidade nas transições e erros de fundamentos básicos como domínio de bola e um time naufragando cada vez mais. A cereja do bolo foi a entrada de Sarará na lateral e Fernando Henrique de volante, para um time que precisava CRIAR JOGADAS! Ficou evidente que Roger não tinha a quem colocar, ou não confiava nas peças que tinha no banco (Benitez, Ricardinho, Janderson, etc).

Conclusão a que se chega: ou Roger está absolutamente perdido com suas ideias de futebol ou está desesperado por ver um grupo tão ruim de bola e faz mexidas doidas pra ver se algo funciona. Tipo um alquimista que, com 1 pelo de cabrito transforma um chá num elixir da vida eterna! Mas o futebol não é assim...não vai ter mágica! 

A culpa não é de um só, com certeza! Roger está tentando acertar, mas não consegue. Nem com uma semana cheia de treinos se vê evolução. Mas também não podemos esquecer de quem ofereceu a ele um material tão precário para trabalhar...a diretoria incompetente (pra pegar leve), que não tem conhecimento de mercado, que não tem planejamento de adequação de folha salarial (pagam 400 mil pra quem não tem futebol pra ganhar uma cesta básica) e que não tem absolutamente nenhuma visão conceitual de como pretende estabelecer um padrão de futebol ao clube Grêmio Football Porto - Alegrense. Simplesmente contratam apenas jogadores indicados pelo treinador, contratam esses mesmo treinadores sem critério algum, passando do retranqueiro ao faceirinho, do "mesa tática" ao boleirão. Não há sequência, não há critérios...estamos à deriva e até agora não houve marinheiro que tenha conseguido remar contra a correnteza!

Você pode ter um time bom ou ruim em termos de peças...um time bom bagunçado chega no mesmo lugar que um ruim arrumado. Hoje o Grêmio tem um plantel ruim e está bagunçado...

Onde vamos chegar???

 

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Vitória sem sustos e o post profético

 

O Grêmio venceu o CRB na Arena nesse último sábado por 2 x 0 em um jogo tranquilo. O CRB foi dominado o jogo inteiro, embora até tenha dado um susto ainda no primeiro tempo. Foi uma vitória para dar tranquilidade ao elenco e comissão técnica, mas que não pode servir de bengala para acomodação. O campeonato é longo, é difícil, e nem sempre conseguiremos fazer os gols com naturalidade. Aliás, o Grêmio perdeu um caminhão de gols, e o VAR nos tirou outro. 

O que fica de positivo é mais uma atuação muito firme na defesa, que parece ficar ainda mais à vontade com os laterais Rodrigo Ferreira e Nicolas, que conseguem defender bem e tem pulmão para atacar. Os destaques do jogo: Biel, Bitello e Elias. Falamos aqui em apostar nesses pontas abertos, inclusive reforçando o espaço que Bitello ganha para jogar quando alguém "abre" o campo.

SCOUTS

Brenno: Firme, seguro, não foi incomodado em grande parte do jogo. Parece estar evoluindo um pouco ao jogar com os pés. Nota 6

Rodrigo Ferreira: lateral com força pra fazer o vai e vem, não comprometeu na defesa e ajudou com simplicidade. Nota 6

Geromel: o monstro sagrado que contém a chave dos portões da grande área. Dispensa comentários. Mais uma exibição no padrão Geromito. Nota 8

Bruno Alves: com laterais mais seguros ganhou confiança e tem jogado muito bem, mantido um alto nível de atuação. Nota 7

Nicolas: fez uma boa partida, embora tenha permitido alguns espaços ao lateral Reginaldo. Sem consequências. Tem demonstrado boa bola parada. Uma expulsão juvenil (discutível para alguns) acabou nos deixando reféns de Diogo Barbosa contra o Cruzeiro. Nota 5

Villasanti: joga de forma discreta mas é extremamente eficiente. Se colocou bem nas interceptações, roubou bolas sem cometer faltas e ainda apareceu no campo de ataque. Nota 7

Lucas Silva: se esforçou muito para preencher os espaços mas ainda tem dificuldades na saída de bola. Muito lento nas tomadas de decisão. Nota 5

Bitello: foi o regente do meio-campo. Desarmou, driblou, lançou, infiltrou e fez um golaço de jogador acima da média. Nota 8

Elias: podia ter sido o nome do jogo se não tivesse perdido um gol incrível depois de driblar o goleiro. Mas fez o primeiro gol, fez o terceiro (anulado) e estava sempre em boas condições de receber a bola. Se posiciona bem. Nota 7

Biel: foi muito perigoso nas arrancadas, nos dribles e principalmente nas enfiadas de bola. Tem demonstrado ser um jogador interessante para o modelo. Nota 8

Diego Souza: atuou muitas vezes mais recuado como falso, contribuindo para abrir espaços na defesa. Deu assistência pro gol de Elias, mas também perdeu gols incríveis. Nota 6.

Elkeson: boa estréia, principalmente para quem estava parado há 4 meses. Se movimentou, arrancou e demonstrou qualidade com a bola no pé. Deu linda enfiada de bola para Elias. Nota 6

Gabriel Silva: entrou na ponta direita quando o Grêmio já não mantinha o mesmo ímpeto pra atacar. Nota 5

Campaz: entrou para jogar no meio, como falamos aqui, não conseguiu aparecer muito no jogo. Sem nota.

Janderson: substituiu o desgastado Biel e ajudou a conter as investidas do CRB. Sem nota.

Diogo Barbosa: subsituiu o expulso Nicolas para recompor a defesa no final. Sem nota.